"Parte da juventude está alienada"
Hernane Lélis
São José dos Campos
São José dos Campos
Vai haver algum tipo de censura?, questionou Pedro Lobo de Oliveira ao finalizarmos a entrevista. A pergunta poderia soar estranha não tivesse partido de um dos homens que ajudou a estabelecer a democracia no Brasil, mas que ainda vê no país resquícios dos anos do regime militar. Aos 80 anos, o ex-guerrilheiro nascido em Natividade da Serra participou da luta armada durante os anos de chumbo depois de ser banido da Força Pública paulista –hoje Polícia Militar–, atuando no partido de Luís Carlos Prestes, de quem foi segurança.
Getúlio ou Gegê, como era conhecido à época, foi companheiro do lendário capitão Carlos Lamarca e ajudou a fundar um dos principais grupos de resistência, a Vanguarda Popular Revolucionária, responsável por assaltos a bancos, atentados em quartéis e execuções. “Se foi certo ou errado é outra discussão, mas não fui conivente com a ditadura, enfrentei. Sinto que sou um personagem dessa história”, orgulha-se Lobo, que hoje vive com a mulher em São José dos Campos numa confortável casa na região sul a postos caso a democracia seja novamente ameaçada. “Faria tudo outra vez se fosse preciso”.
Getúlio ou Gegê, como era conhecido à época, foi companheiro do lendário capitão Carlos Lamarca e ajudou a fundar um dos principais grupos de resistência, a Vanguarda Popular Revolucionária, responsável por assaltos a bancos, atentados em quartéis e execuções. “Se foi certo ou errado é outra discussão, mas não fui conivente com a ditadura, enfrentei. Sinto que sou um personagem dessa história”, orgulha-se Lobo, que hoje vive com a mulher em São José dos Campos numa confortável casa na região sul a postos caso a democracia seja novamente ameaçada. “Faria tudo outra vez se fosse preciso”.
O que motivou o senhor a optar pelo caminho da resistência à ditadura mesmo dentro de um quartel?
< Vi muita injustiça contra os menos favorecidos na época em que trabalhava com meu pai, ainda criança, na Fazenda dos Ingleses, em Caraguatatuba. Patrões humilhando e batendo em seus empregados por motivos fúteis. Isso talvez tenha me influenciado um pouco. Mas no quartel fiz muito contato político, entrei para a Associação dos Sargentos, e lá tinha muita gente de esquerda. No Clube dos Cabos e Soldados também, tinha um cabo que era do Partido Comunista e começou a me dar material para leitura sobre o assunto. Comecei a engrenar nisso, esquerda não é uma coisa que você cai de um dia para o outro, vai com o tempo assimilando e gostando das idéias. Achei o socialismo muito interessante, visa a elevação do ser humano.
Mais informações - http://www.newspapersites.net/newspaper/vale-paraibano.asp
< Vi muita injustiça contra os menos favorecidos na época em que trabalhava com meu pai, ainda criança, na Fazenda dos Ingleses, em Caraguatatuba. Patrões humilhando e batendo em seus empregados por motivos fúteis. Isso talvez tenha me influenciado um pouco. Mas no quartel fiz muito contato político, entrei para a Associação dos Sargentos, e lá tinha muita gente de esquerda. No Clube dos Cabos e Soldados também, tinha um cabo que era do Partido Comunista e começou a me dar material para leitura sobre o assunto. Comecei a engrenar nisso, esquerda não é uma coisa que você cai de um dia para o outro, vai com o tempo assimilando e gostando das idéias. Achei o socialismo muito interessante, visa a elevação do ser humano.
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